Este é Ícaro Ambrósio...

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Jornalista, blogueiro, editor-chefe do O Contorno de BH, colaborador da Revista Exclusive, autor do canal Um Mineiro no mundo e otimista.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Cuidado: odontofobia pode trazer sérios problemas a sua saúde bucal

 

Divulgação/Freepik

Ouvir o barulho do motorzinho, deitar na maca do consultório, olhar pra cima e abrir a boca são coisas que causam fobia em algumas pessoas, por isso elas preferem não ir ao dentista. O medo de encontrar com esses profissionais é denominado odontofobia e, segundo os especialistas, é muito prejudicial à saúde bucal.

Muitas das vezes a resistência em ir ao consultório odontológico está associada a algum trauma de infância, dado isso o paciente prefere evitar o atendimento e o contato com instrumentos que às vezes chegam a assustar, como as seringas e alicates. Em alguns casos, quando o pânico acontece durante o procedimento, podem ocorrer desmaios, alteração na respiração e nos batimentos cardíacos.

Nessas situações, o dentista precisa ter muita expertise para tranquilizar o paciente e ajudá-lo a permanecer no atendimento. “A odontofobia precisa ser trabalhada com os pacientes, já que é um dos principais fatores da falta do acompanhamento odontológico. Superar um trauma não é fácil, por isso o dentista precisa saber conduzir o atendimento para que a consulta fique mais leve e não cause pânico em quem está sendo atendido”, explica o cirurgião-dentista Dr. André Luiz Pataro – doutor (PhD), mestre e graduado pela UFMG.

A ida ao dentista vai muito além da questão estética e deve se tornar parte da rotina dos cidadãos, uma vez que se for feito um acompanhamento o paciente tem grandes chances de evitar problemas bucais, como cáries, perdas de dente, gengivite, dentre outros.

“Os profissionais odontológicos estão capacitados para cuidar dos pacientes com um atendimento agradável, por isso é muito importante enfatizar para as pessoas desde a infância que é possível ir ao dentista e não sentir dor. Assim, será evitado que muitos cresçam com odontofobia e o principal, todos cuidarão da saúde bucal corretamente”, finaliza o Dr. André Pataro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Modelo da SAF pode revolucionar gestão em clubes com potencial de crescimento

 


A implementação da Lei da SAF – Sociedade Anônima do Futebol – ganhou o noticiário internacional com a venda de 90% das ações do Cruzeiro para o ex-jogador e hoje empresário Ronaldo Nazário. A aquisição da fatia foi firmada em R$ 400 milhões, mas os bastidores da negociação dão conta de que as dívidas do clube, orçadas em aproximadamente R$ 1 bilhão, também serão assumidas pelo Fenômeno.

Praticamente nas mesmas condições, o Botafogo foi vendido ao fundo Eagle Holding, do empresário norte-americano John Textor. A expectativa é de que o América-MG e o Bahia sejam os próximos de uma extensa lista de clubes que pensam em aderir ou já realizam internamente os trâmites necessários para concluir a conversão em clubes-empresas.

“Este é um caminho sem volta, não apenas porque boa parte dos clubes está combalida financeiramente, mas também porque representa a chance de trazer modelos internacionais e bem sucedidos de gestão do futebol. Aquele benchmarking que tem como foco a Europa pode estar vindo em peso para o Brasil”, avalia Diogo Montalvão, advogado tributarista e sócio da BLJ Direitos e Negócios.

A própria BLJ, aliás, atuou diretamente no processo de conversão do Gama-DF de clube social para empresa. Uma experiência que, segundo Montalvão, vai alcançar rapidamente outras associações. “Por estar acontecendo primeiro com alguns grandes clubes que estavam perto da insolvência, dá a entender que a SAF é um modelo que só cabe para as associações de grande porte e para capital estrangeiro. Mas a lei também estimula a entrada de empresas nacionais neste mercado. É uma revolução que vai mudar a forma de gestão dos clubes”, sustenta o tributarista.

Entretanto, ele adverte, principalmente aos torcedores, que o primeiro passo a partir da venda dos ativos e da entrada do investidor no clube é a otimização imediata dos custos, o que inclui uma mudança de filosofia que prevê o corte severo das despesas. É o caso do Cruzeiro, que está passando pela revisão de todos os contratos e do estabelecimento rigoroso de novos organogramas e tetos salariais.

“É uma prática bastante comum dos dirigentes brasileiros em geral de endividar bastante o clube para formar times competitivos, acumulando e empurrando as dívidas para as gestões futuras. Com o formato de clube-empresa, essa prática cai por terra, porque a finalidade é o lucro e os gargalos ficam mais evidenciados nos setores internos. O torcedor talvez não goste dessa reorganização, mas é um trabalho que precisa ser realizado para a própria sustentabilidade do negócio”, esclarece Diogo Montalvão.

 

Gama SAF

O trabalho da BLJ Direitos e Negócios no Gama-DF teve exatamente o intuito de preparar o clube para receber aportes financeiros e uma reestruturação no modelo de gestão. A empresa foi a responsável por conduzir toda a estruturação societária que viabilizará a mudança do clube em empresa. O novo CNPJ do Gama SAF foi gerado no último dia 29.

O advogado Igor Maia, também da BLJ, participou da equipe responsável pela transição. Segundo ele, foi necessário um trabalho minucioso para que a reestruturação jurídica do Gama fosse bem sucedida.  “O foco é dar segurança jurídica tanto aos dirigentes como especialmente aos investidores. O clube vai funcionar agora como uma empresa mesmo. E esperamos que esse novo modelo de gestão leve o Gama a alçar voos mais altos e possa voltar à série A”, disse Maia.

Diogo Montalvão reforça essa análise. “É um trabalho muito meticuloso, que não permite erros, e que passa pela documentação de uma nova entidade preparada para ser negociada em breve com empresas ou grupos econômicos. É um passo crucial para o surgimento de uma empresa de futebol moderna e certamente vencedora”, pontua um dos sócios da BLJ.