Este é Ícaro Ambrósio...

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Jornalista, blogueiro, editor-chefe do O Contorno de BH, colaborador da Revista Exclusive, autor do canal Um Mineiro no mundo e otimista.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Consultora que participou da Expo 2020, em Dubai, conta como foi a experiência

Arquivo pessoal


Aquela velha utopia de que uma sociedade evoluída, inclusiva e ideal para todo tipo de cidadão parte de um pressuposto simples: a união faz a força. E foi pensando neste contexto coletivo sob a motivação de um devido futuro melhor para todos, que a Expo 2020 tem apresentado ideias e projetos que incentivam esse rumo.

Direto de Dubai, um dos destinos mais irreverentes dos Emirados Árabes Unidos, o evento ocorre com o mote “Mentes conectadas criando o futuro”. São mais de 200 pavilhões e a presença de 191 países, que abordam três outros temas: sustentabilidade, mobilidade e oportunidade.

O Brasil não ficou de fora e dentre as caravanas, o destaque foi Dubai Summit 2022 um circuito de palestras. A consultora Renata Lemos, fundadora do Instituto Excelência Gestão e Cultura com atuação internacional, participou junto com alguns palestrantes brasileiros, a convite da renomada Palestrante Internacional Leila Navarro. “Meu papel foi compartilhar meu conhecimento quanto ao empreendedorismo e liderança para que os participantes entendessem um pouco mais sobre liderança e inovação com foco no futuro e a respeito da inclusão de métodos sustentáveis no cotidiano de nossas vidas e dos negócios. Nós só temos um mundo e precisamos cuidar dele, assim como precisamos cuidar bem de nossos lares, do nosso ambiente de trabalho e de qualquer outro contexto no qual estamos inseridos”, explica.

Renata e seus colegas de delegação foram recepcionados pelo Governament of Dubai e recebidos pelo representante regional responsável pelas Américas e Oceania, Mohammed Ibrahim Mohammed. O encontro ocorreu no DMCC, a maior Zona Franca e centro de comércio do mundo. Na ocasião, a consultora brasileira participou de uma roda conversa e discutiu a respeito de ferramentas e estratégias para fundamentar um negócio. Localizado nocoração de Dubai, no centro do distrito de Jumeirah Lakes Towers, o DMCC é um espaço ideal para viver, trabalhar e prosperar.

Muito do que Renata e os demais palestrantes vivenciaram na Expo 2020 está ligado as práticas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essas ODS são subdividas em dimensões e funcionam como uma cartilha composta por conjuntos de atitudes, metodologias, conceitos e iniciativas que atuam nos âmbitos social, ambiental, econômico e institucional. Cada com seu papel esclarecido.

Arquivo pessoal 
“Desde 2013, o mundo vem discutindo sobre as ODS. Hoje nós temos esse tema bastante esclarecido e incorporado no dia a dia. E Dubai é uma cidade onde percebemos essa relação com muita frequência. Seja nos meios da mobilidade urbana ou quanto aos espaços públicos, sempre há indicativos que associam as boas práticas sugeridas pelas ODS. Acho isso muito importante e tomo como exemplo para aplicarmos até mesmo aqui no Brasil. A Expo 2020 não poderia ter tido uma casa melhor”, argumenta Renata.

Entre os muitos aprendizados possíveis, a forma de liderar que chamou a atenção de Renata foi a do primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed Bin Rashid Al Maktoum. Suas palavras são extremamente motivacionais e ampliam a visão de que a ação é a principal chave para alcançar qualquer objetivo.


“Mohammed Bin Rashid Al Maktoum é um grande líder. Nos seus ensinamentos e nas suas frases espalhadas por diversos lugares de Dubai e acompanhando a sua historia, percebi muitos valores que eu também acredito venho transmitindo para os executivos e empresas no Brasil e exterior . Ele nos inspira a acreditar que as oportunidades são construídas a partir dos nossos esforços, do nosso planejamento, disciplina e do quanto estamos interessados em buscar as metas. Ele é inspirador e suas práticas são de fato inovadoras e necessárias”, lembra a consultora Brasileira.

Outra pauta também contemplada ao longo da participação de Renata e sua caravana, foi a força da mulher empreendedora. “A maior parte de nossa delegação foi composta por mulheres. Cada vez mais, estamos conseguindo quebrar vínculos disruptivos que entregam condições de submissões as mulheres e estamos deixando uma mensagem de nossa capacidade em liderar. Ainda temos muito que trabalhar para melhorar esse quadro, mas estamos caminhando na direção certa. Ver tantas de nós comandando palestras e inspirando cada vez mais pessoas, como fizemos na Expo 2020, só nos faz ter ainda mais certeza deste nosso papel de líder”, comemora.

Arquivo pessoal 
Adiada pela pandemia – originalmente prevista para ocorrer há dois anos -, a Expo 2020 segue até o final de março com este propósito de motivar um pensamento coletivo em prol de um mundo melhor. “Todas minhas expectativas como evento foram atendidas, e melhor, foram superadas. Estar na expo me proporcionou uma experiência incomparável e me deixou a certeza de que o futuro do nosso mundo é próspero. Basta estarmos unidos”, finaliza Renata 



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

OMS reconhece Síndrome de Burnout como doença

Divulgação/Freepik

O mês de janeiro que se aproxima trará uma nova mudança nas diretrizes sanitárias internacionais. A entrada de 2022 marcará a inserção da Síndrome de Burnout na classificação internacional de doenças, a partir do seu reconhecimento pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a doença apresenta sintomas como dores de cabeça, nervosismo, cansaço físico e mental excessivo, pressão alta, dores musculares, alteração dos batimentos cardíacos, insônia, dentre outros, provocados pelo desgaste no ambiente de trabalho.

Durante a pandemia sua incidência foi mais acentuada devido ao distanciamento social, à mudança radical da rotina de trabalho e até ao medo de contrair Covid-19. Mas os números da doença no Brasil antes de 2020 já eram assustadores. Segundo a Associação Internacional de Gestão do Estresse (Isma, na sigla em inglês), nada menos que 32% dos trabalhadores eram afetados pela enfermidade – mais de 33 milhões de pessoas!

“Essa inclusão da Síndrome de Burnout pode estabelecer novos parâmetros e responsabilidades nas relações trabalhistas. Acredito que sirva até de pontapé inicial para a responsabilização das empresas em oferecer um ambiente propício à prática do trabalho, de forma a dissipar os riscos de estresse e outros geradores da doença”, avalia a advogada Cida Vidigal, diretora acadêmica do Grupo Ipemig e professora de Direito da Faculdade Batista de Minas Gerais.

Segundo ela, já existem artigos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que contemplam a responsabilidade das empresas pelo zelo à integridade física e mental do trabalhador. Contudo, o novo enquadramento da síndrome pode estimular a criação de regras no tocante ao ambiente de trabalho. “É possível pensar no endurecimento a práticas abomináveis que, em sequência, podem levar à Síndrome de Burnout. Inclusive em relação às leis já existentes contra práticas abomináveis que ferem a dignidade humana, como preconceitos e assédios moral e sexual”, explica a advogada.

Negligência

De acordo com Cida Vidigal, a Síndrome de Burnout passa a servir de alerta para os empregadores. Ela considera que as ações trabalhistas nesse contexto buscarão responsabilizar a empresa por negligência por não ter identificado, prevenido e erradicado seus ambientes insalubres que possam levar a doenças psicológicas crônicas.

“O que está em jogo agora é a responsabilidade da empresa de promover ações que garantam a preservação da saúde integral do empregado. Constatada a omissão desse tipo de política interna, os riscos de sofrer penalidades por danos morais é concreto no âmbito da justiça trabalhista”, conclui a advogada.